Château Pape Clément

Foi uma prenda de Berald de Goth ao seu irmão Bertrand, conhecido na história da Igreja Católica como Papa Clemente V. Precisamente no ano da eleição de Bertrand como autoridade máxima da Igreja, em 1306, ele doou a propriedade ao seu sucessor como arcebispo, Arnaud de Canteloup. O arcebispado de Bordéus foi o proprietário da propriedade até à Revolução Francesa, altura em que esta passou para o Estado.

O Château atingiu o seu auge de vigor enológico quando Paul Montagne o adquiriu no final dos anos 30, contratando Emile Peynaud para o trabalho técnico, cuja longa sombra de perícia conseguiu catapultar a marca Pape Clément para o nível internacional. Atualmente, após a morte de Paul Montagne, é o seu filho Léo, em parceria com Bernard Magrez, que dirige a empresa. 

A vinha estende-se por 60 hectares num terroir excecional. Situa-se no mais antigo dos terraços aluviais conhecidos como "camadas de cascalho pirenaico". A particularidade do sítio de Pape Clément é a presença de uma fina camada de cascalho mais recente, depositada há um milhão e meio de anos. 

As castas tintas cultivadas são Cabernet sauvignon, Merlot, Cabernet franc e Petit verdot; e as brancas Sauvignon blanc, Sauvignon gris, Sémillon e Muscadelle.

O vinho é elaborado em pequenas parcelas e fermentado em cubas de madeira. Surpreendentemente, o desengace é realizado à mão, um processo meticuloso e trabalhoso. O mosto é transferido para as barricas por gravidade.